Esse negócio de compor sambas-enredo ruins começou há um bom tempo atrás, como bem lembrou a Lelê. O primeiro que eu fiz, se não me engano, foi no finado Fracassados uma ova!, e era assim:
Desde caralhadas ancestrais.
Quando o homem ascendeu à esperança
E as moças ainda vestais
Cobriram a terra de bonança
A vida, maculada pelo homem
Fez surgir no horizonte, Mauricio de Nassau
Vindo da Europa tempos outrem
Para alegrar o Carnaval
Olha o breeeeeeeeque...
Uma merda, é claro. Depois disso veio outro samba-enredo, esse um clássico. Era uma homenagem à Amaury, o homem mais burro que a humanidade já teve. Se liga na malemolência da letra:
*introdução*
I just called to say I love you
I just called to say how much I care-eieieieieiiiiiiiiiié
I just called to say I love you
And I mean it from the bottom of my heart
Chooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooora cavaco!
Alô Unidos do Imperador. Canta, canta, caaaaaaaaaaaaaaaaaaaaanta meu povo!
Desde de Mauricio de Nassau,
Não se via nada igual, num país ocidental
Quando, na Bahia chegou,
E nasceu o Carnaval.
Nas areias de Copa,
Foi onde se perdeu o Amaury,
Todos chamavam por Cabral,
E as caravelas, se perdiam por aí.
Até que o samba chegou, ô chegou
Para alegrar, toda nação, nação, nação,
O pai, a mãe, a criança,
Tia, sobrinha e irmão!
Ô Amaury, mas tú é burro,
Muito burro, Amaury!
Perdido, no meio do areal,
Não viu Mauricio de Nassau!
Ê Isabel, que liberdade,
Proporcionou ao país do rococó,
Junto com Anchieta e com o Calipso,
Nasceu pedofilia e o forró.
No Brasil...
Brasil, país maltratado,
Maltrapilho, farrapo,
governado por Amaurys.
Brasil, que não tem mais escravos,
Não tem mais eslavos,
Nem ao menos, escandinavos
É um terra só de Amaury.
Ô Amaury, mas tú é burro,
Muito burro, Amaury!
Perdido, no meio do areal,
Não viu Mauricio de Nassau!
E agora, para dar o grand finale nesse ano de festa do Rei Momo, nada melhor que homenagear a figura que tem tudo para ser a pessoa do ano na capa da revista Time. Com a colaboração imensa de Eric Bornay e Aninha Trinta, dois grandes carnavalescos, vem aí o enredo "Me leva que eu vou, sonho meu, atrás da dona Morte SÓ vai quem já morreu". Rebolem, seus pulhas!
*intro com cavaquinho*
Quem nunca viu a Morte aparecer, sai do rehab pra ver, sai do rehab,
quem nunca viu!
Quem nunca viu a Morte aparecer, sai do rehab pra ver, sai do rehab pra ver...
Alô nação moribunda, chora família, chora fãs, choooooooooooooooooooora cavaco!
Depois de levar, ô de levar, o Mauricio de Nassau
Pedro Alvares Cabral, no Brasil e em Portugal
A Dona Morte arrasou o Carnaval
Veja só que alegria, ela levou a Dora Bria
Que vivia na água fria, dando piruetas maravilha
Pra surfar longe do mar, ahhh, longe do mar!
E o Coooooooringa,
Ah, o Coringa,
O bobo, o palhaço, o joker
Não fez Drácula de Bram Stoker
Mas pegou o Gyllenhaaaaaaaall, que legal!
*refrão*
A Dona Morte desfila na avenida
e todo mundo, morre de prazer
esperando só a hora, o ultimo sopro de vida
com a Amy e a Britney, já na fila pra morrer... e vão morrer!
Neeeeeeeeeeeeem no velho oeste, a Dona Morte perdoou
odiando sertanejo, Beto Carreiro ela laçou
Em Santa Catarina com a alegria acabouuuu
e do Carreiro, nem o chapéu restou
A Dona Morte na praaaaaaça
Tá levando todo mundo pro beleléu
Nem de acidente, nem de desgraça
Chega com a foice, não dá nem oi e foi pro céu!
Tourinho, ôôôôôôô
Era tão pequenininho, andava só no sapatinho
Mas seu talento era demaaaais, demais, demais!
Porém a morte não perdoa,Aproveitou que estava à toa
E o Tourinho não verá outros carnavais!
*refrão*
A Dona Morte desfila na avenida
e todo mundo, morre de prazer
esperando só a hora, o ultimo sopro de vida
com a Amy e a Britney, já na fila pra morrer... e vão morrer!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Decimo Nono Records apresenta: os sambas-enredo de todos os tempos
Postado por Júlio César às 05:08
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