quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Rasguem a Convenção de Genebra!

Eu ainda estou para ver animal mais esperto do que o ser humano. Já deu uma reparada no quanto nós nos esforçamos para criar coisas que nos complicam? Ok, inventamos o quindim, o sexo sem compromisso plus cigarro e a cerveja. Mas aí, no afã de cagar tudo que faz, a humanidade vai lá e cria o sistema de atendimento por voz ao telefone.

Tudo certo, você liga, fala sua opção, muito prático. Mas digamos que você é fanho. Ou gago. Ou pior, um fanho gago argentino. Como diabos você vai dizer para a Net - um dos exemplos desse serviço - que está com um "problema técnico"?

- Ôêma éinico!
- Não entendi, por favor repita.

Reparem que a porra da máquina ainda é sarcástica.

- Ô-ê-ê-ê-ê-êma é-é-é-é-i-i-i-i-niiiiiiiiiii-niiiiiiiii-co, ô-ô-ô-ôrra! Macaquito de una mierda!
- Não entendi, por favor fanho, gago e retardado, repita.

Não só isso, há a questão regional. Cariocas, por exemplo, não tem um "problema técnico", eles têm uma "parada sinixtra". Já os paulistanos têm "uma treta" e os nordestinos, um "aperreio". Além de regional, a questão religiosa também encontra entraves nesse maravilhoso sistema. Me mostre um judeu que consiga falar "Fatura" sem tirar 10% e eu te mostro um ateu.

Mas aí você diz que a pessoa pode pedir ajuda para ligar no serviço de atendimento da Net - por exemplo. E depois dessa ajuda, que diminui a pessoa à uma condição stephenhawkiana de inutilidade, o pobre coitado que só quer ver o último episódio de "Bundinhas Sedentas no Saara" no canal da Playboy pode dizer, em alto e bom som:

- Eu não sou mais inteligente que um aluno da 5ª série, Silvio!

Puta merda, porque nós - o planeta como um todo - não gastamos o dinheiro usado nisso para comer a Monica Belucci?