sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O dia em que a presidente da Argentina deu o calote

Ontem estava almoçando aqui no Villa-Lobos. Tinha comido alguns cogumelos, confesso, mas acho que nunca teria uma alucinação tal qual a história que eu vou contar agora. Mesmo porque se fosse para pensar na presidente da Argentina, eu ia imaginá-la de outra forma (opa, eu pego!).

Enfim, estava lá no horário de almoço, batendo aquela pratada de peão. Eis que de repente rola um anúncio sonoro no shopping. E que anúncio:

- Senhora Cristina Kirchner, favor comparecer à loja M. Martan!

Dei aquela engasgada com a salada e apurei os ouvidos. Olhei para o copo e lembrei que era meio-dia de uma quinta, logo não estava tomando cerveja. Ok, tinha tomado umas na quarta à noite, porém lembrem-se que eu vivo mais no estado alcoólico do que no Estado de São Paulo. Esperei o grande momento do replay e ele veio:

- Senhora Cristina Kirchner, favor comparecer à loja M. Martan!

Porras, pensei. Ninguém esboça nenhuma reação. O cara falou duas vezes o nome da mulher que manda nos hermanos, a mulher que é casada com o caso de estrabismo mais bizarro de toda a humanidade e todo mundo continua comendo como se aquilo não fosse nada? E porras, será que ela deu calote na M. Martan? O Kirchner, quando no início do seu governo, deu um cambau no FMI, mandando os caras pentearem brasileiros. Agora ela foi lá na M. Martan e disse que não ia pagar porra nenhuma?

Desisti desse povo que não vive sem o Google e decidi voltar ao escritório. Em frente ao Burguer King, outras vez a voz do além anunciou:

- Senhora Cristina Kirchner, favor comparecer à loja M. Martan!

Ou eu tenho um amigo imaginário no sistema de som do shopping Villa-Lobos ou a presidente estava lá. E eu nem fui conferir se ela é gostosona de perto, dam it!

PS: O cara, no caso este que vos escreve, chega para trabalhar com três gibis, uma camiseta do Star Wars e Richard Cheese cantando star Wars Cantina no Ipobre. Um cara desses não merece morrer?