quarta-feira, 14 de novembro de 2007

É uma barreira portuguesa, com certeza

E eis que a Portuguesa volta à elite do Campeonato Brasileiro. Corra até a padaria mais próxima e veja o sorriso do dono da padoca. Peça fiado que o cara vende. Encoxe Dona Maria ou Dona Manuela que o Seu Joaquim não estará nem aí. Hoje a colônia portuguesa faz festa e o time, que já teve Enéas, Denner, Rodrigo Fabri (em uma ótima fase, vale dizer) e outros tantos volta com algumas promessas, como o técnico Vagner Benazzi e o goleiro Tiago. O bom filho a casa torna, ó pá!

Aproveitando que a Lusinha, segundo time de todo o paulistano, voltou para a Primeira Divisão do futebol brasileiro, eu lembrei da história do juiz português. Bem, ele não era lá português, tinha o sobrenome alemão e o apelido de Gordão, que óbvio, fazia justiça ao quilinhos a muito mais que carregava.

Pois bem, o local é o Portal dos Bandeirantes, o evento é o Campeonato já citado há dois posts. Estava o Gordão apitando uma partida durissíma quando, de repente, alguém cai perto da área. O apito grita mais do que o normal, um mal sinal:

- Porra!? O quê?
- Falta!

Poucos tinham coragem de bater de frente com o árbitro, por conta do tamanho digamos, descomunal. O Rafa correu para ajeitar a bola. Gordão se coloca ao lado da barreira. No time adversário, o goleiro grita:

- Direita, direita, aê!

Barreira arrumada, tudo pronto para o jogo seguir, o árbitro não pensa duas vezes e apita. Rafa, um dos grandes craques daquele campeonato, bate caprichosamente no ângulo, com uma força considerável. A bola segue com toda a pinta de que vai dormir lá na casa da coruja quando, de repente, interrompe o trajeto:

- Porra Gordão!
- Porra o que Rafa? Amarelo Rafael!
- Tu é muito burro, mano!
- Burro? Vermelho Rafael!
- Ah, vá tomar no cu!

E enquanto o Rafa saia da quadra, a torcida se matava de rir. O que interrompeu a trajetória da bola foi o juiz barreira que, vai lá saber por que diabos, ficou ali ao lado dos jogadores.

A desculpa durante as "entrevistas" após o jogo era de que o juizão conferia a barreira e que não havia apitado. A partida seguiu até o fim e o time do Rafa ganhou. Mas até hoje os gritos de "burro" ecoam na quadra do Portal dos Bandeirantes.

Lusinha, bem vinda de volta, oras pois!